Autor: Puerta

No instante que José Antonio Puerta Rodrigues deu o seu primeiro grito de gol, em 23 de junho de 1970, a Seleção Brasileira campeã de 1970 desembarcava no País. Repórteres invadiam maternidades em todo o Brasil para saber se as mamães daquele momento iam colocar o nome de seus filhos em homenagem aos heróis do tri. Dona Silvia, sua mãe, singelamente respondia que não, o nome do seu filho seria em homenagem a São José e a Santo Antonio e que ele seria Colorado fanático . E desde então ele honra o vermelho-sangue que corre em suas veias. Viveu os nefastos anos em que sofríamos calados, indo e vindo do Gigante erguido a Beira do Rio, e aquilo lhe serviu para mostrar que ser Colorado é mais do que torcer para um time. É ter a alma de um guerreiro bravo. É ter esperança, fé e acreditar que nunca devemos nos entregar, por pior que possa parecer o desafio. Quando Horácio Elizondo apontou o centro do campo na noite de 16 de agosto de 2006, sentiu o peso que carregava em suas costas aliviar como que por um milagre. Por um instante enxergou seu avô materno -José Puerta-, o responsável pelo Coloradismo Inconteste de sua família, lá no céu, ao lado de outros tantos Colorados que não tiveram de presenciar in loco a alegria que nós tivemos, sorrir. E aí, ele sentou na molhada arquibancada da Social do Beira Rio e chorou. E prometeu para sempre: NADA VAI NOS SEPARAR !