Oficializei a minha relação com o INTERNACIONAL em 2003 quando me tornei sócio.  Torcedor desde que me conheço por gente, seguindo os passos do pai, tios e avós, acompanhei com bastante esperança e muitas decepções as décadas de 80 e 90.  Mas nunca deixei de acreditar nesta paixão.

 No início de 2003 recebi uma oferta de trabalho para se transferir aos EUA na matriz da empresa que trabalhava.  A iniciativa de se tornar sócio numa época não muito positiva para o futebol do clube foi justamente para manter um elo estreito mesmo à distância.  Chegando à terra do Tio Sam, se criou o primeiro consulado no estado do Texas.

 Mas foi só em 2006, depois de mais uma transferência profissional que tive a maior felicidade futebolística da face da terra!  CAMPEÃO DO MUNDO FIFA, em cima do todo poderoso Barcelona.  Durante todo o ano, acompanhei do Panamá (onde se estabeleceu mais um consulado, dessa vez o primeiro na América Central) com certa angústia a nossa participação na Libertadores.  O começo foi um tanto quanto irregular até a parada da Copa do Mundo.  Depois disso, só alegria!

No dia 17 de dezembro de 2006 estava em meu apartamento no Panamá, acordado desde antes das 5 da manhã em virtude do fuso horário, assisti aquele jogo que nunca mais vai sair da memória de toda a nação colorada.  No instante em que o renegado Gabiru empurrou a bola para as redes depois do passe magistral do Iarley, o grito que estava entalado na garganta provalvemente acordou metade dos vizinhos de prédio naquele domingo.

 Depois de terminado o jogo e com as emoções um pouco mais sob controle, resolvi sair para tomar café da manhã devidamente fardado num restaurante típico da cidade.  Chegando lá, todos os olhares se voltaram para a minha camiseta vermelha.  O Panamá é apaixonado por futebol, mas não tem tradição com o futebol local.  Por isso, eles acompanham avidamente o futebol espanhol.  Praticamente metade dos clientes vestiam a camiseta do Barcelona ou de algum outro clube de ‘La Liga’.  Mas naquele domingo, eles tiveram que se curvar para a determinação, eficiência e garra do nosso INTER!  Foi como se eu estivesse tão próximo de casa, podendo esbanjar uma vitória maiúscula em cima dos torcedores adversários sentados à minha frente.

 Agora, já de volta aos EUA e com um consulado que se encontra trimestralmente, não podemos esperar por repetir esse feito e sentir novamente aquele gostinho de estar no topo do mundo!  Que seja em 2010 e comecemos pela América!

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By Débora Silveira

“Débora é Colorada desde criança, cresceu em uma família dividida entre azuis e vermelhos, mas escolheu o lado que lembrava a paixão, o sangue fervente e emoção pura. Sócia do Inter desde pequena, começou a frequentar o Beira-Rio em todos os jogos somente em 2004, quando sabia que a hora da virada Alvirrubra estava por chegar. Idealizadora do Arquibancada Colorada, mora em Porto Alegre e não perde um jogo no Gigante da Beira Rio. Consulesa do Sport Club Internacional do bairro Cavalhada, zona sul da Capital”.

2 thoughts on “Francisco Johnson – Texas/EUA”
  1. Já coloquei o teu blog nos favoritos e como, apesar de colorada, não acompanho os jogos, fiquei mais emocionada lendo aqui nossa vitória do que no dia mesmo em que ela aconteceu.

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