Pois bem.. Naquele Final de semana, onde tudo aconteceu, nada parecia ser verdade.

O Sábado, um dia que não parecia passar. Um dia que as tarefas não tinham importância, todas sem nenhuma condição de pensar em outra coisa que não fosse o tão esperado MUNDIAL. Na manhã de Domingo,  estava eu no meu quarto deitado.  Não tinha como conseguir dormir. Estava tremulo e impaciente na cama. Tentava me conter, explicando para mim mesmo que era somente mais um jogo. Porém, não queria levantar para não atrapalhar o sono dos meus pais.

Quando bateu 6 horas, não agüentei… Não contive minha angustia e levantei. Tentei comer alguma coisa, mas nada tinha gosto, nada saciava a vontade de chegar logo à hora daquele jogo. Deitei no sofá. Preces vieram na minha cabeça e enrolado na BANDEIRA, parecia estar em estado de choque. A programação da TV aberta me irritava.

Quando o jogo começou, era tão estranho, tão diferente o INTER naquela condição. Cada imagem, cada lance. Era MEU INTER na final de um Mundial, contra o tão idolatrado Barcelona. Nunca segurei tão forte uma bandeira, apertei tanto que meus dedos doíam. Mas não importava. O INTER estava jogando.

Mudava de posição no sofá, e dava uma jogada para o Barça, já me culpava e retornava a anterior. Pensava em soltar a bandeira, mas como tinha funcionado ate o momento, apertava-a mais entre os dedos. Tudo parecia influenciar no jogo. Porém, TODAS AQUELAS CORNETAS, LAMENTAÇÕES E TENTATIVAS DE TENTAREM ME CONVERTER NA INFÂNCIA PARA azenha, NA DÉCADA DE 90, AGORA FAZIA UM SENTIDO ENORME DO SENTIMENTO QUE AQUILO GEROU EM MIM. AQUELA CAMISA do grêmio, QUE GANHEI DE PRESENTE E REPUDIEI DO MEU TIO, AGORA ESTAVA ATUANDO COMO UM SENTIMENTO QUE AINDA NÃO TINHA PERCEBIDO.

Em fim, Sem nenhuma dúvida MELHOR DIA DA MINHA VIDA…

Chorei, e fiz muita festa… Pois percebi que venci, não o Barcelona, mas sim, toda uma vida de LUTA perante aos Rivais que sempre “tentaram” ser os melhores.

NUNCA ME ESQUECEREI DOS DIAS QUE PASSEI CONTIGO INTER…

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By Débora Silveira

“Débora é Colorada desde criança, cresceu em uma família dividida entre azuis e vermelhos, mas escolheu o lado que lembrava a paixão, o sangue fervente e emoção pura. Sócia do Inter desde pequena, começou a frequentar o Beira-Rio em todos os jogos somente em 2004, quando sabia que a hora da virada Alvirrubra estava por chegar. Idealizadora do Arquibancada Colorada, mora em Porto Alegre e não perde um jogo no Gigante da Beira Rio. Consulesa do Sport Club Internacional do bairro Cavalhada, zona sul da Capital”.

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