Com 32 anos, “El Cabezón” não é mais um garoto. As lesões, a dificuldade de retomar um preparo físico ideal, propostas para deixar o Clube e uma série fatores extra campoprejudicaram muito o rendimento de D’Alessandro em 2012 e foram fundamentais para o fracasso do Inter de Dorival e Mestre Fê. Das principais conquistas e melhores momentos vividos pelo Inter nos últimos anos, D’Alessandro estava na plena forma!  Sem ele o time caiu fora da Libertadores e justifica-se todos os fracassos recentes do clube. Na derrota vexatória diante o Mazembe e uma série de partidas sem sucesso ele até entrou em campo, mas não jogou. Quando o meia “resolve” jogar e a parte física não atrapalha, o Colorado é um dos melhores times do Continente. Sem ele, é apenas mais um.

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Kleber e Andrezinho…ou Andrezinho e Kleber, sei lá…

Desde sua chegada em 2008, D’Alessandro conquistou uma Copa Sulamericana, uma Copa Libertadores, uma Recopa Sulamericana, três (quatro) Campeonatos Gaúchos, além de ter participado da campanha do Vice-Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil de 2009. Foi decisivo em muitos Gre-Nais e seu primeiro gol com a camisa Colorada foi justamente em um clássico.

Um substituto há altura dele no grupo não existe e a direção sabe disso. Eventual reposição se mostra cada vez mais complicada e o mercado não oferece alguém com características similares. Pior é que hora menos hora, ele vai voltar para o River Plate encerrar a carreira… este momento não está muito longe de chegar.

Hoje, o Inter tem dois times: um com D’Alessandro e outro sem ele. O primeiro é vencedor e competitivo, o segundo muito comum e sem brilho. D’alessandro é indispensável ao meio campo do Internacional, e disso, todos tem conhecimento. Mas, quanto o colorado chega a perder no setor de criação quando ele não está em campo?

Existe um tipo de lei, que se encaixa muito certo no elenco do Inter atualmente: “Se a bola não passar pelos pés de D’alessandro, o time não consegue jogar bem”. Conseguimos perceber isso em todas as partidas, quando alguns comentaristas por aí, falam que “D’ale não jogou bem”. Se o Inter não está jogando bem, é porque D’ale está sumido, é porque a bola não chega nele. No jogo de Recife, foi perceptível a carência do meio-campo.

Há um jogador que consegue suprir um pouco da falta de D’ale no meio-campo, e esse cara se chama Andrezinho. Fui uma das primeiras a pedir sua venda para aliviar a folha de pagamento e “mexer” com o grupo. Mas estava errada. Talvez, se Andrezinho voltasse, resolveria nosso problema. Mas ele aceitaria?

O Inter sofre da chamada “D’aledependência”. Mas fica uma pergunta no ar. O que é o time do Inter sem D’alessandro?

Beijocas….

Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!
Simone Bonfante

By Simone Bonfante

"Simone Bonfante nasceu em 1980,um ano de Libertadores para o Clube. Dez dias antes haviamos vencido o Vasco da Gama por 2x1 no Gigante. Nascida e criada em Criciúma(SC) nem chegou a ver o grande filho da terra jogar: Valdomiro. Também não viu Manga, Falcão, Carpegiane e tantos outros... Mas em década dícifil de ser Colorada, apaixonou-se pelo vermelho mesmo assim.O Clube não retribuiu sua paixão de imediato com vitórias mas cultivou naquela menina o sentimento que a faz feliz de pertencer a esta gente: vermelha de paixão pelo clube do povo!".

6 thoughts on “Andrezinho”
  1. Simone,
    Dias atrás também lembrei do Andrezinho.
    Frente a algumas críticas daqueles que não gostam do Andrezinho, apenas vou lembrar que o mesmo foi aquele jogador que jogou o Grenal sem condições físicas e virou o jogo (2×1), acabando com 3×2 e indo para os pênaltis e INTER Campeão. Falcão era o técnico.
    Também lembro que o Andrezinho fez aquele gol salvador frente o Flamengo no último minuto de jogo e assim continuamos na Copa do Brasil, chegando à final mas não passamos pelo Corinthians (que aquele juiz paranaense deu a mão pra eles). Também lembro que ele fez o 2º gol da vitória na conquista da Suruga Cup (2×1). Mas seu forte não eram os gols, embora alguns decisivos feitos. Era na armação e servia muito bem os companheiros. Quantos gols saíram em jogas suas. Aliás, foi fundamental na conquista do BI da Libertadores, participando da maioria dos jogos.
    Acredito que hoje não tenha mais aquele futebol, devido à idade e lesões, mas o que ele apresentava no INTER, embora um eterno 12º jogador, era superior a todos armadores que temos aí (salvo D’Alessandro é claro).
    Fiz este comentário por uma questão de justiça e porque apreciava seu futebol quando vestiu a camiseta colorada.

  2. Concordo contigo, Simone. Lembro muito mais do Andrezinho que deu aquele passe para o Giuliano fazer o gol no meio da fumaça contra o Estudiantes do que da história de não querer jogar, pois isso aconteceu em um ano atípico para o INTER. Penso que teria muita utilidade. É muito superior a qualquer outro reserva no setor. Por outro lado, o Dunga não pode ficar implicando com jogadores. Dátolo, por exemplo, sabe jogar no setor. Será que desaprendeu? E a RBS está insistindo nas notícias de contratação do Ibson pelo INTER. Canoa furada! Esse Ibson não joga nada há muito tempo. SC

  3. Simone, desculpe eu discordar de você (concordo com o xará Cardoso), não consigo esquecer da conversa no avião com o atual presidente, quando relatou que o “e tem mais essa, o André, nos deixou na mão”. Sinceramente quem faz uma, faz duas ou mais… Tenho insistido em comentários anteriores que o nosso Internacional mais precisa é de um bom meia direita. Um jogador tipo o D´Alessandro não se encontra facilmente no mercado e, por essa razão, é insubstituível atualmente. Como o Melo colocou, também penso que essa garimpagem na base e por esse “mundão” afora poderia trazer bons resultados. O que não é aceitável é que o nosso Internacional não tenha alternativas de esquemas de jogo com e sem o D´Alessandro. Sem o D´Alessandro, mas com um bom meia direita, o Fred dá conta do recado. Penso não ser só a meia esquerda o “calcanhar de Aquiles”, o Damião também não tem substituto no plantel atual. As atuações dos dois laterais são inconstantes e não inspiram confiança, sobrecarregando o Willians e o Airton. Até agora, tricampeão Gaúcho, está bom, mas será que para o momento decisivo da Copa do Brasil e para o Brasileirão estará?

  4. Além do constante na matéria do oportuno texto, não se pode esquecer que Andrezinho, que eu acho um ótimo jogador, nos deixou na mão quando não entrou em campo algando desconforto pela sua situação de não titular. Apesar de gostar muito dele, isso eu não esqueci e não se pode deixar de levar em consideração.

  5. Simone, acho que trazer novamente um jogador que foi um eterno reserva pois quando foi titular não correspondeu não é a solução, o Inter deve procurar um jogador mais jovem, sugestão Juliano que nunca conseguiu ser titular absoluto justamente por causa do D’Ale, Diego ex Santos, jogadores que chegariam e jogariam tranquilamente, abços.

  6. Alô você Simone!
    Também me incluo entre aqueles que julgar ser mais do que necessário uma sonbra para o D’Ale. Acho absurdo com tudo o que gasta nas categorias de base o Inter não fabricar um substituto melhor do que todos esses que são adiquirdos das mais diversas origens.Tenho acompanha o ftebol carioca e sei que Andrezinho está voltando de lesão e está com seu prestígio abalado. Se submeteria a voltar para a mesma condição de imediato do “Cabezon”? A qualidade dele é indiscutivel.
    SC

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