Bom, eu estava na casa do Flavinho Ribeiro ao meio de muitos outros amigos colorados, aqui em Viamão, entre eles estava a dona Regina Frota. O jogo era muito nervoso e sabíamos que não poderia ter nenhum erro, pois o time do Barcelona era muito perigoso. Mas todos ali presentes acreditavam que o título viria para o Rio Grande. Bem como num domingo ensolarado, tinha muita ceva e a carne já estava no fogo. Terminado o 1º tempo eu estava muito nervoso e o coração parecia que iria sair fora do peito. Então fui até a mãe do Flavinho e pedi para ela um remédio para eu me acalmar. A dona Terezinha me trouxe o remédio e eu nem perguntei qual era. Tomei e continuei tomando cerveja. Começa o 2º tempo e a tensão voltou. Nem bebado conseguíamos ficar. Então, aos 36 minutos, veio o gol do Gabiru. Ficamos loucos. Eu pulei e com os meus quase 90 quilos caí em cima do tornozelo da dona Regina, que depois ficou tratanto o tornozelo durante seis meses. Na hora ela nem sentiu nada, dada a tensão para o final do jogo. Minutos eternos…. termina o jogo e todos se abraçam, choram, gritam, cantam o nosso hino. Saímos como loucos para uma carreata no centro da cidade, para comemorar. Eu senti ali que a minha vida estava mudando. Ao voltar para o churrasco, “desmaiei” de baixo de uma árvore e ali fiquei dormindo quase 40 minutos, até um dos guris me tocar um balde de água. Me acordei e fui perguntar para a dona Terezinha qual o remédio que ela teria me dado. Ela prontamente me respondeu que era um comprimido de LEXOTAN,tarja preta. Poderia ter morrido, mais morreria feliz pelo nosso COLORADO…… SAUDAÇÕES COLORADAS….

Cônsul de Viamão

 

Para quem não conhece a Dona Regina, ela é uma Colorada ilustre no Beira Rio, é uma senhora simpática com mais de 60 anos que não perde um jogo. Seus cabelos brancos às vezes mudam de cor e aparecem no estádio totalmente vermelhos.

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By Débora Silveira

“Débora é Colorada desde criança, cresceu em uma família dividida entre azuis e vermelhos, mas escolheu o lado que lembrava a paixão, o sangue fervente e emoção pura. Sócia do Inter desde pequena, começou a frequentar o Beira-Rio em todos os jogos somente em 2004, quando sabia que a hora da virada Alvirrubra estava por chegar. Idealizadora do Arquibancada Colorada, mora em Porto Alegre e não perde um jogo no Gigante da Beira Rio. Consulesa do Sport Club Internacional do bairro Cavalhada, zona sul da Capital”.

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