Estou escrevendo este comentário após o jogo decisivo contra o Pelotas pela final do segundo turno do Gauchão 2010. Mas ainda não sei o resultado, pois como comentei no meu primeiro post visto que a diferença de fuso horário entre o Brasil e o Japão é de 12 horas, geralmente eu gravo o jogo (somente audio) pela Internet para ouvir depois como se a transmissão fosse ao vivo. Até porque, convenhamos, não tem a mínima graça em saber somente do resultado, é preciso entrar no clima da partida!

Dito isso, o tópico principal deste comentário é a “já famosa” discussão sobre escalar titulares ou reservas em campeonatos distintos e/ou partidas sem nenhuma importância.. Na minha humilde opinião, acho que sempre que possível, deve-se escalar os titulares por duas e únicas razões:

1) Um time de futebol somente consegue pegar ritmo de jogo (e aqui inclui-se execução de jogadas ensaiadas e “obediência tática”) através da utilização dos mesmos jogadores. Não há esquema tático (4-4-2, 3-5-1, etc) que resista ao mudar-se sempre a escalação. E aqui está uma (entre várias) das causas porque o nosso time ainda não conseguiu mostrar um padrão de jogo convincente neste ano. Eu, durante a minha infância, tive o privilégio de ver ao vivo, aquele time maravilhoso bicampeão brasileiro em 1975 e 1976 onde durante dois anos a escalação do time mudou muito pouco! Claro que eu sei que atualmente os jogadores trocam de time como se trocassem de partido, mas mesmo aquele time possuía reservas e sempre que possível escalava-se sempre os mesmos jogadores. Além disso, naquele tempo já se jogava duas vezes por semana várias vezes ao ano (por isso que às vezes fico indignado quando um ou vários jogadores comentam que precisam descansar para a partida da próxima semana.).

2) O nosso time sempre deve jogar para ganhar, independente se a vitória vai privilegiar outro time ou não (inclui-se aqui o nosso maior rival). Até hoje acho que perdemos o Brasileirão do ano passado porque (entre outros motivos) cometemos o mesmo erro (com propósitos diferentes) em 2008 e 2009. Ou seja, perdemos para o Flamengo-RJ de goleada porque estávamos pensando somente na final da Copa do Brasil e o nosso maior rival jogou sem os titulares contra o mesmo time carioca porque assim fizemos contra o São Paulo-SP há dois anos atrás (com a desculpa que estávamos poupando jogadores para a disputa da Copa Sul-Americana). Sei que há muitos torcedores Colorados que não concordam com a minha opinião, pois acham que sob hipótese nenhuma devemos ajudar o nosso “co-irmão”, mas eu sempre penso que a iniciativa para mudar as coisas para um âmbito positivo deve partir da gente.

Tudo o que eu disse acima não deixa de ter relação (caso tenhamos vencido o Pelotas) com as finais do Gauchão 2010. Eu particularmente espero que todos os titulares em condições de jogo sejam escalados nas duas partidas independentemente se há jogo pela Taça Libertadores ou não entre as finais. E aqui vai uma sugestão para as direções da dupla Gre-Nal: que na primeira reunião referente ao Gauchão do ano que vem coloquem no regulamento um artigo que faça com que o intervalo mínimo entre partidas do campeonato regional e a Libertadores para um mesmo clube seja de no mínimo 72 horas (três dias). Dessa maneira não se repetiria o que ocorreu com o nosso clube neste ano quando tivemos somente dois dias entre as duas competições.

Um grande abraço e vamos com tudo pra cima do Desportivo Quito na quarta-feira!

Dá-lhe Internacional!

Saudações coloradas daqui da Terra do Sol Nascente,

Wilson Pardi Junior – Tóquio/JAPÃO
Cônsul do Sport Club Internacional no Japão

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By WILSON PARDI JUNIOR

Sou Engenheiro Elétrico (ênfases Eletrônica e Eletrotécnica) formado pela PUC-RS com Mestrado em Instrumentação Eletro-Eletrônica pela UFRGS, nascido em Porto Alegre - RS. Há mais de vinte anos moro no Japão onde trabalho atualmente como Engenheiro de "Software" de Sistemas Embarcados e Engenheiro Litográfico por Feixe de Elétrons. Por ser descendente de italianos e alemães, com fluência em Inglês e conhecimento de Japonês, Espanhol e Alemão, gosto muito de trabalhar e socializar com pessoas de diferentes países e culturas. Futebolisticamente falando, sou, é claro, torcedor fanático do Sport Club Internacional desde os cinco anos de idade (graças ao meu avô materno) e desde 2006 representante (cônsul) do clube no Japão. Caso queira contactar-me acesse o meu perfil nas seguintes redes sociais: Facebook, Instagram, Twitter ou LinkedIn. Fique à vontade também para acessar e ler o meu blog pessoal: http://wilsonpardijunior.wordpress.com

3 thoughts on “Jogando por música”
  1. Prezados amigo(a)s colorado(a)s,

    Duas retificações em relação ao meu comentário acima:

    1) “Um grande abraço e vamos com tudo pra cima do Desportivo Quito na QUINTA-feira!”

    Desculpem-me, eu pensei que o jogo seria na quarta-feira.
    Se bem que pra mim o jogo será realizado as 07h30min da manhã da sexta-feira…

    2) A minha correta localização é Numazu e não Tóquio.

    PS. Simone, muito obrigado pelo teu comentário e seja muito bem-vinda ao nosso reduto virtual colorado!

  2. Olha Wilson….de acordo com tuas posições; 1) Concordo com a escalação dos titulares sempre que possível. Mas que jogada ensaida? Que ritmo de jogo? Que padrão? Os treinos são fechados,e parece que os jogadores entram no vestiário,o Beira Rio é fechado e acho que eles ficam lá dentro jogando biriba… Pois nada aparece…mesmo se o jogador não for titular…ele treinamendo deve “teoricamente” saber o que fazer. 2) Vencer sempre…ótimo…mas o Sr. Fossati não quer. Se fosse esse o seu desejo não teria explicação o fato de estarmos em abril e não temos nem um esboço de time e aquele jogo contra o Emelec? O que foi aquilo? Pelo menos eu estou vendo VONTADE em nossos jogadores. Mas se depender de VONTADE eu e você também estaríamos no time. Bjs…

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