2016

Sabe o que este ano significa torcedor? Esse foi o último ano no qual o Sport Club Internacional teve a suposta honra de vencer uma final de campeonato gaúcho. O que deveria ser uma obrigação para um clube da magnitude do inter em começos de temporada, só se mostra cada vez mais um lugar para o colorado mostrar para o torcedor que, por melhor que o time seja, ele sempre vai dar um jeito de decepcionar.

Todos os caminhos apontaram para o Beira-Rio na noite de segunda-feira. Numa data e jogo que deveriam se mostrar tranquilos, o Internacional entrou em campo visando a classificação para a final do campeonato gaúcho para afastar os fantasmas e confirmar o favoritismo no duelo e campeonato, mas não foi o que aconteceu.
Após um jogo pobre tecnicamente e visivelmente no Alfredo Jaconi, o Inter precisava vencer e convencer, mas, aparentemente, os jogadores entenderam outra coisa no vestiário

No primeiro tempo, o inter, com imensas dificuldades para criação de jogadas, viu um Juventude ameaçador dominando as ações pelas laterais e meio campo, e após tanto flertar pela oportunidade de perder a partida, o internacional, aos 31 minutos do primeiro tempo, sofre o gol de Zé Marcos, após uma falha defensiva de Renê (pra variar)

Ao final de primeiro tempo, o Internacional percebeu que precisava de mudanças rápidas e eficientes para alterar os rumos do jogo, com isso, Enner Valencia, mesmo baleado, foi escolhido para tentar salvar o começo de ano do inter, sua entrada se mostrou efetiva, com o aumento de volume no meio campo ofensivo colorado e, com a resposta saindo aos 10 minutos do segundo tempo, em uma bela jogada ensaiada, o contestado Renê cabeceia e conta com ajuda do goleiro para empatar o jogo para o colorado. O gol, que deveria ser uma forma de motivação para incendiar o jogo, apenas escancarou o que todo mundo já havia visto, um time com medo e nervoso dentro de campo, um time o qual não conseguia criar chances claras em nenhuma ocasião, e que só tinha lampejos de chances de gol em belas jogadas individuais dos jogadores com um grande poder ofensivo. Esse nervosismo que consumiu a torcida, consumiu os jogadores, principalmente pelo Maurício, que após um desentendimento com Nenê, jogador do Juventude, perdeu a cabeça e acabou sendo expulso, independente da noção desse cartão, você não pode fazer isso em um jogo decisivo necessitando do placar, mas aconteceu.

Após um grande nada ser criado e o inter continuar a ser pressionado, conseguimos alcançar sofridamente as penalidades, um dos maiores fantasmas da história do Sport Club Internacional, que costuma não se dar bem em cobranças de pênaltis, além disso, não contávamos que, infelizmente, havia um jogador inconsequente e irresponsável com suas decisões dentro de campo. O corintiano Robert Renan, zagueiro jovem e promissor, com passagens pelas seleções de base, decide, em um pico máximo de confiança que iria cavar no goleiro Gabriel, do Juventude

10 anos depois, Robert Renan consegue ressuscitar uma das maiores vergonhas da história do futebol brasileiro, tal qual Alexandre Pato, Robert Renan após a cavadinha, consegue a eliminação do seu time, além de virar chacota completa por todo o Brasil logo depois de sua infame decisão

O Sport Club Internacional não merecia isso, e quando eu digo isso, eu não digo por técnico, jogadores ou diretoria, a instituição centenária e seus milhões de torcedores fanáticos que enganaram diversas campanhas de associação e marketing não mereciam um desdém e falta de vontade tão grandes vindos de dentro das 4 linhas, e após mais uma eliminatória vexatória, estamos eliminados do Campeonato Gaúcho de futebol.

Coisas precisam mudar o mais rápido possível, caso contrário, esse ciclo maldito no qual estamos só tende a continuar ano após ano, dia apos dia, sem nenhuma perspectiva ou visão de dias melhores para o clube do povo do Rio Grande do Sul.

Fique bem, torcedor, a culpa não é e nunca será sua, bom dia.

Foto: Max Peixoto (Instagram)

André Felipe Tozzi de Siqueira

By André Felipe Tozzi de Siqueira

Meu nome é André Felipe Tozzi de Siqueira e eu sou colorado desde que me considero gente. Quando criança, tinha tendências cruzeirenses, assistia aos jogos do time e era fã de certos jogadores, mas isso mudou em 2011, quando ganhei minha primeira camisa do inter vinda do meu pai, a partir daí, eu sabia para qual camisa eu defenderia eternamente. Discuto, brigo, choro, mas principalmente, amo o Sport Club Internacional, vivo o Sport Club Internacional, e por ele eu tenho o sonho de trabalhar com esporte e me formar em jornalismo, assim como diz a música, eu sou colorado até morrer, não importa o que acontecer. VAMO INTER

6 thoughts on “Eliminação com sabor de decepção, o inter mais previsível da história”
  1. Saudações coloradas André, e parabéns por este texto tão bem elaborado, que expressa o sentimento do torcedor colorado em mais esse fiasco. Fiascos que se sucedem.
    Ano passado o Inter foi eliminado dentro do Beira-Rio para o Caxias, com um gol de ….. cabeça!
    Ontem o Inter bateu cinco escanteios. Nada aconteceu.
    Pois no primeiro escanteio para o Juventude, gol deles. De cabeça. Ou seja, não aprendemos com os erros. Então, eles apenas se repetem.
    Aí vamos analisar a altura dos nossos jogadores que compõem o sistema defensivo. Dois laterais + o Aranguiz baixinhos, Mercado na bola alta é fraco, sobrecarrega o Vitão, que acaba falhando também.
    Na formação de um sistema defensivo, quando a bola aérea é usada a torto e direito, formar um sistema defensivo com jogadores de baixo estatura constitui um grave erro. de quem contrata.
    Já é o terceiro gauchão que nem à final chegamos.
    Cá prá nós, o Couldet foi colocado no bolso pelo Roger Machado. Nas duas partidas. Ainda no primeiro tempo no Jaconi, o Inter teve uns vinte minutos onde jogou razoavelmente bem. Perdeu três gols imperdíveis e morreu ofensivamente com a saída do Valencia. Uma semana depois, time descansado, em casa, estádio cheio.
    Um sofrível e constrangedor primeiro tempo. Time borrado de medo, inseguro, errando passes, não soube jogar contra uma marcação mais forte, às vezes até com alguma violência e catimba. Mas isso faz parte do futebol!
    Roger percebeu porque estudou o Inter, que o Couldet criou a avenida Bustos. E deitou e rolou sobre a defesa do Inter, sempre às costas do nosso LD.
    Bastou o Valencia descontado fisicamente entrar para o time melhorar. Empatamos. Em seguida Maurício perde mais um daqueles gols imperdíveis, junte-se a esse a idiota expulsão do Maurício, acabou, era rezar para ir para os pênaltis.
    Couldet não sabia que o Robert Renan batia de cavadinha, mas o goleiro do Juventude sim. Eles estudaram nossos batedores, por isso também é que foram para a final.
    Abraço!
    P.S.: Em 1979 o Inter foi campeão brasileiro invicto. Mesmo chegando no campeonato gaúcho em terceiro e 10 pontos atrás do campeão. Diferença: todos naquele time jogavam muito sério!

  2. Mais um dia de aguentar a chacota dos grevistas, por um jogo extremamente ridículo do Colorado, em pleno Beira-Rio o Juventude não sentiu nenhuma dificuldade em fazer seu jogo. O primeiro tempo apesar de posse de bola maior, o Inter não levou perigo nenhum ao adversário que teve muito mais objetividade, tanto que abriu o placar.
    Segundo tempo até melhorou um pouco com a entrada de Valência, más nosso meio continuava perdido. Mauricio desde o jogo em Caxias já estava pedindo sua expulsão. Sem falar do pênalti imperdoável realizado por Robert Renan.
    Em fim “… Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé
    Manda essa tristeza embora
    Basta acreditar que um novo dia vai raiar
    Sua hora vai chegar…”

  3. Olá Felipe, vamos por parte, para entender como estamos na atual situação e há muito tempo.
    Várias diretorias composta pelo suprassumo da incompetência, a cima disso, pessoas burras mesmo, pelo menos para o trato gerenciamento do futebol. Eles não vão achar o caminho das vitórias se não conseguem identificar as reais deficiências do elenco que possuem. Eles necessitam um centromedio, um lateral esquerdo e um reserva para para o meia armados, vão lá e trazem três centroavante praticamente numa tacada.
    Eles necessitam de atletas de caráter, personalidade que se imponham, trazem moleques, irresponsáveis, sem a menor compreensão do que é, o que significa a história, a grandeza do Clube que lhes paga altíssimos e imerecido salários.
    Respeitando sua opinião, mas eu te digo, o Internacional na pessoa do seu Presidente, Comissão técnica e atletas merecem sim tudo isso que estão passando, espero que sejam achacados, constrangidos, cobrados a cada lugar que colocarem o pé. E os que não suportarem isso que tenham dignidade empeçam para sair.
    Quem não merece tudo isso são a minoria dos torcedores que não votaram para releger, o maior fracasso, pelo menos dos últimos 65 anos da minha existência, da gloriosa história do Internaconal.
    Nem estou dizendo que os derrotados são melhores que o reeleito, mas sai fora, deixa outro errar, tu já teve três anos e não fez nada além de proporcionar derrotas vexatórias, constrangedoras, esses caras não conseguem, superar os times do Interior, nos dois últimos anos os dois da serra. Larga, desinfeta.
    Sou sócio desde 1985, carteira vermelha desde 2000, não vou me afastar, continuarei pagando mas eles não me representam, cada vez me colocam mais longe do Beira Rio.
    Se não vencem times do Interior gaúcho, como vou esperar que vençam o Fluminence? Uma Copa do Brasil? Sul Americana, Brasileiro nem pensar.
    Estou sendo muito pessimista, não estou sendo realista e observando tudo que se vem se sucedendo desde 2010, apartir de então viramos a grande xacota entre os grandes Clubes Nacional.
    O que espero deles nada, Deus queira que me surpreendam, serei o primeiro a reconhecer, aplaudir e festejar, abraço.

  4. Inadmissível!
    Não funciona, não basta ter plantel, trazer jogadores a princípio bons, ter uma torcida apoiando… o time não funciona. Perder gols na cara, explusão por atitude ridícula, pênalti batido sem o mínimo compromisso.
    Coitado do torcedor ter que passar por isso.

    1. Alô você André! Seu poder de síntese conseguiu mostrar de maneira clara nosso sentimento. Há tempos o INTER vem tomado de soberba e essa se mostrou muito claramente naquela cobrança de pênalti para qual não achei a adjetivação adequada. Claro que não foi só isso, mas a síntese não poderia ser mais clara. Jogador que vai para a cobrança de tiros diretos que vão determinar os finalistas de uma competição, em hipótese alguma pode praticar gesto igual. Não foi preparado psicologicamente para uma decisão, não foi orientado, não foi instruído portanto aquela foi uma atitude que claramente evidenciou que não foi só um chute, foi falta de direção de futebol de comissão técnica e é claro que isso tudo é um somatório de erros onde a culpa maior cabe ao supremo mandatário. Não me recuperei ainda, isso não esquecerei jamais, nenhum de nós esquecerá. Amanhã? Não sei, honestamente, não sei.
      Diretamente da Cavalhada
      Coloradamente
      Melo

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